Confiar (também) nos mistérios

Tenho tatuado no meu coração:

Sabedoria e fé

Pra lidar com os caminhos

Pra saborear o próximo café.

Tenho agradecido tanta coisa

E pensado em mais ainda

Principalmente nos começos

Desse ano que termina.

Aconteceram coisas boas

E outras que nem tanto assim

E depois que elas passaram

Vi o que fica de mim.

Também sentiu? Me conta aqui 🙂

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Sinceridade.

Oi.

Sei que você chega até aqui

Sem entender muita coisa

O que faz, pra onde ir

Qual a própria missão

E como pode se definir.

Tudo bem?

Sei que o caminho é confuso

E que é tentador se comparar

Mas o sapato dos outros

Não vai te ajudar a caminhar.

Olha só, eu sei

As respostas não chegam agora

Pois construir quem se é

É um processo que demora.

Mas o que tem de acontecer, vai

Assim que chegar a hora.

É sobre-viver

Café que saiu
Risada de coração
Abraço apertado
Estar calado em oração.

Um música boa
Um livro que emociona
Um choro que alivia
Um propósito que impulsiona.

Aprender uma coisa nova
Pois ninguém nasce sabendo.
Parece uma grande alegria,
E é só a vida acontecendo.

Um barulho de chuva
Ou banho de mar.
De a cabeça em paz
Ou uma rede pra armar.

Aprender uma coisa nova
Coisa nova estar aprendendo
Parece uma grande alegria,
E é só a vida acontecendo.

Mapear quem sou eu.

Como entender o que é preciso mudar sem entender de fato o que nós somos?

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A partir do momento em que começamos a desbravar cada pedaço da nossa singularidade, conseguimos perceber o que precisa ser transformado, bem como validar o que já existe e pode ser tomado como uma qualidade.

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Se conhecer é um processo que pede bastante equilíbrio entre as qualidades que celebro e o que reconheço que quero mudar.

Não posso mudar o que não conheço, e não posso conhecer o que não se apresenta.

Preparado pra dizer…”muito prazer?”

Estou por aqui também!

Me, e se, perdoe

“O que eles chamam de nossos defeitos é o que temos de diferente deles.”

Eu li essa frase no momento em que eu tava com um mundo de coisas sob a minha cabeça – e os meus olhos -. Tinha acabado de sair da terapia, e vinha falando sobre coisas que eu não sabia que me incomodavam até começar a me ouvir falando delas, sabendo que esqueci da existência quase que como um mecanismo de defesa.

A verdade é que as pessoas procuram cuidar da própria saúde mental, mas a verdade é que por estarmos em constante relação com os outros, as vezes o que pode acontecer é de nos perdermos na nossa própria projeção. Na constante idealização que nós fazemos e na consequencial procura de ganhar mais, buscar mais, estudar mais, trabalhar mais. Sim, nós somos uma geração que pegou a transição entre os “tecnologia”. Sim, sabemos tanto de notícia da atual situação política do país quanto dos memes que rodam a internet. Não, isso não nos ajuda a ter mais saúde mental que as outras gerações.

Tudo isso pela mania de querer o nosso próprio processo como todas as outras coisas que vem acontecendo no mundo: fast. Assim como as comidas, os bancos e os aplicativos, a minha travessia de autoconhecimento precisa ser o mais rápida o possível pois eu tenho reunião às 14 hrs. A essa demanda, fica de antemão o aviso que de evolução não é um destino, é um processo. Pessoal e intransferível. E seu. Assim como os dos outros são deles. E que tal aprendermos ter mais cuidado com todos os processos e sua relação? Porque da mesma que forma que crescer é demorado, assim como se conhecer, também é possível.

_O que eles chamam de nossos defeitos é o que nós temos de diferente deles._

PAUSA DA SEMANA – Mas que graça teria?

Outro dia, deparei-me com a seguinte frase no livro da Marian Keyes:”(…) Por que temos uma capacidade finita de ter prazer, mas temos uma outra, infinita, para a dor?” E achei válida a reflexão, embora já saiba a resposta: somos faltosos, personificação de sentimentos dúbios, reis dos maiores dilemas e personificação dos sentimentos dúbios e as reclamações; a fila tá grande, a faculdade é longe, o namorado não tira a barba e a cólica chegou.

Já falei aqui (ou em outra rede social) que eu sou rainha de registros, vivo pra escrever e escrevo tudo que vivo. Pois bem, outro dia achei textos que mostraram uma Beatriz Freire que quase não reconheci, de tão otimista e grata que era, a moça. Sim, ela tinha TPM, teve vários problemas pessoais, passou por semanas de prova e seminário, não atingiu metas que tinha na listinha que ficava no quarto. Mas a mesma Bia (se é que posso chamar assim) achou roupa pra sair todas as vezes que procurou, viu os amigos e o namorado depois de uma semana longa, ligou o carro e ele funcionou, torceu para um time que poderia ganhar.

As mesmas coisas que me rodeiam hoje, engraçado né?

O mundo hoje anda a passos vacilantes, temerosos, machucados. Mas lamentar-se não dá perspectiva e nem vias de sair do lugar, relocar significados para todos esses eventos sim. Pelo menos, foi o que eu entendi quando li o que estava escrito: não se pode ter esperança no que vai ser quando não consegue ser grato pelo que é.

Esta comunicação muda o mundo, o mesmo mundo que se apresenta como você quiser vê-lo.

sempre