Carta pra você

Oi.

Comecei essa segunda com vontade de falar muitas coisas, mas achei melhor escrever.

Muita gente anda com a cabeça cheia, pensando em várias coisas; inclusive em como evitar o que anda tirando o sono. Eu sei, nós somos essas pessoas.

Mas eu vim aqui com esse texto pra dizer exatamente que evitar não vai adiantar muito, que fugir disso não vai adiantar muito, que esse aperto no peito precisa ser enfrentado pra se transformar em uma outra coisa. Pra ocupar outro espaço na tua história.

Tudo bem, eu sei. É difícil. Dói. Incomoda. Toca em pontos que estavam no fundo torcendo pra serem esquecido e reaparecendo de maneiras mais discretas e frequentes.

Mas vale a pena, se existir paciência. Transforma. Muda. Tira você do lugar de quem passa por isso da mesma maneira.

É difícil, eu sei.

Mas não precisa ser solitário. 💛

Qualquer coisa, estou por aqui.

Cuidar de onde mora.

O passo aperta

E também o coração.

Fica pesado às vezes

Segurar a própria emoção

Mas pausas não são feitas

E isso é deixado de lado.

Até que incomoda de novo

Bate até virar um fardo.

É a cabeça pedindo paz

O coração pedindo sossego

O caminho pedindo calma

E o corpo estando com medo.

De se conhecer, de se olhar

De cuidar do que não dá pra ver

Mas dá pra sentir afetar

Nesse organismo que é você.

A cabeça sem corpo não age

O corpo sem cabeça não entende

Cuidar dos dois é um equilíbrio

Necessário e urgente.

Qualquer coisa, estou por aqui também!